Então está tudo em suspenso. E essa é a mehor coisa desse período.
Vivemos em separado do mundo normal. Vivemos totalmente alheios às confusões e loucuras cotidianas. Não há trânsito. Não há brigas, nem mesmo horários não há.
Tenho a impressão que ninguém nem morre entre o natal e o ano-novo. Porque vivemos supendidos por fios invisíveis, que separam as obrigações e as decisões da rotina, de um tempo leve e diferente como esse. Estamos suspendidos. Daqui assisto ao restante do ano. Correria, carros, rodízio, multas, trabalho, suor, hora, hora, hora, hora...
Rio, enquanto me movimento nesse balanço em suspenso, tão raro, tão efemêro e tão curto. Logo acaba. Logo descemos de novo à terra...
1 comment:
Aí vc me faz lembrar a minha querida Cecília Meireles, e como ela falava tanto do efêmero, mas é tão lindo, que a gente nem liga. Mas é como vc falou: hora, hora, hora, e de repente...um silêncio, um bocejo...e depois: hora, hora, hora, hahaha...
Beijocas doces cristalizadas!!! ;o)
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