Wednesday, June 20, 2007

Para você que é meu, para você que é quase eu.




Você meu amor, é meu grande desamor. Você é minha raiva mais odiosa, meu melhor grito e meu mais calmo sussurro.
Você meu bem, é meu professor mais preguiçoso, meu cobrador mais dedicado, meu amor mais querido.
Vôcê tem sido minha paz e meu recanto, um teco de esperança outro teco de cansaço. Você e minha preguiça, meu silêncio quando acabam as palavras, e minha enorme tagarelice quando elas não bastam.
Você é a paciência que eu não tenho, a dedicação que eu preciso, a paz que a ONU quer no mundo (que eles nào te achem).
Você é meu pijama mais confortável, meu lençol mais cheiroso e, as vezes, é meu sutiã mais apertado.
Você é meu descanso, meu grito de alívio, minha bomba atômica, e, vez ou outra, minha Hiroshima, Nagazaki.
Você é meu porre, minha ressaca, minha euforia e minha tarja preta.
Você é meu óculos de grau, minha direção hidráulica, meu corretivo, meu melhor kleenex.
Você é meu caminho e minha perdição. É meu guia e minha contra-mão.
Você é minha maior teimosia, meu melhor acerto, meu grande prêmio, minha mega-sena-acumulada. Minha solução e meu problema.
Você é meu ver e meu cegar, meu brilho nos olhos e meu calo nos pés.
Você é quem me faz feliz, é quem me enche a alma e me esvazia a cabeça. Você é minha música bossa nova, meu sambinha de domingo, minha caipirinha, minha cocaína e meu copo d’agua quando estou no deserto.
Você é minha dança, minha musculação. Meus braços são mais firmes, meu corpo está mais forte – do lado do avesso, inclusive.
Porque você é minha academia, meu cinema, meu farol verde e –ai – meu trânsito das 6 da tarde.
Você, meu querido, é minha grande sorte, meu melhor achado, minha pepita de ouro escondida entre a lama, meu milhão que não está na conta, meu tesouro e meu pior jargão.
Você é meu grande amigo, o inimigo dos meus inimigos, o companheiro da minha solidão, a luz que se acende na escuridão
Você é meu refúgio, meu cativeiro, minha caverna aquecida, meu cobertor e, poucas vezes, meu refrigerador.
Você, danado, é meu observador e meu observatório, minha tocaia, meu detetive, meu alvo e minha mira.
É você, seu chato, meu grande companheiro, meu mais ferrenho crítico, meu mais amoroso admirador...
Ah você. Meu bem, meu médico, meu administrador, meu vilão e meu herói, meu valente guerreiro, meu bravo companheiro, seja então esse, sempre esse, desse jeitinho assim, meu grande amor.

6 comments:

Mari Monici said...

DE arrepiar! ai ai...nem sei o que dizer..e pra que amar se não for assim né? E não me diga pra ter calam..nunca mais! Sua ariana, mais que eu! rsrs
Adoro vc e parabésn pelo texto.

Cristiane said...

Coisa mais linda de ler!
Imagina sentir...
Beijos

Débora Böttcher said...

Lindo de ler, lindo de ver, lindo de saber desse sentimento tão intenso. Que sejas pra sempre feliz!
Um beijo, bonita.

Anonymous said...

Lindo texto!!!

Só agora respondi teu comentário lá no meu blog sobre o Zodíaco...

Adorei aqui. Até porque é o mesmo template do meu antigo blog. Me senti em casa :)

Unknown said...

Adorei tanto q tive q copiar no meu livro de versos.
Parabéns...

Unknown said...

Magnífico! Descreve perfeitamente um amor acompanhado de amizade, e companheirismo! Parabéns!